As coisas más todos nós as sabemos. A comunicação social se encarrega de repetir, até à exaustão, tudo que de mal acontece neste país. E não só.
Acontecimentos ou factos louváveis, por norma, merecem apenas uma breve nota de roda pé, que rapidamente é esquecida.
Vejamos : Quem, de entre nós, ouviu falar no trabalho meritório que é feito nalguns hospitais deste país, nomeadamente no Hospital de S. João, no Porto ?
No campo de “Pele e tecido celular subcutâneo”, “Doenças cardíacas e vasculares”, “Doenças musculosqueléticas”…e tantas outras, operam-se ali verdadeiros milagres.
É o que pensa Amyas John Symington, inglês, de 76 anos de idade.
No dia 6 de Novembro de 2006, na sua casa, em Londres, tropeçou, caiu, e ficou cheio de dores. Transportado de ambulância à urgência dum hospital, foi observado, medicado com analgésicos, e mandado para casa. Regressou de táxi.
A situação agravou-se. Nos dois dias seguintes voltou ao hospital, com novas queixas. Foi submetido a exames de Raios X. Concluíram não haver fractura, acrescentando que podia viajar para Portugal. Ligado ao negócio dos Vinhos do Porto, com residência no nosso país, o sr.Amyas tinha necessidade de regressar, com urgência.
Aguentou a viagem para Portugal. Mas, em casa, nessa noite, não conseguiu deitar-se; teve que dormir sentado. Visto pelo médico de família foi aconselhado a ir ao Hospital, onde lhe fizeram uma TAC. Foi detectada uma fractura na coluna !
Que os médicos britânicos não tinham conseguido ver !
Encaminhado para o Hospital de S. João, no Porto, ainda mexia as pernas mas já não controlava a bexiga. Para além disto, ele tinha outras complicações de saúde que tornavam a operação extremamente perigosa. Sabia que corria um grande risco de ficar paralítico. Decidiu arriscar. A cirurgia durou três horas.
Ficou duas semanas nos Cuidados Intensivos. Só em Janeiro de 2007 pôde ter alta. Em casa recebeu ajuda de enfermeiros e fisioterapeutas que o ajudaram a recuperar. Passou por várias fases. Em Outubro já fazia caminhadas de meia hora, apoiado apenas a uma bengala.
Ligado aos Vinhos do Porto, Amyas Symington reside em Portugal, deslocando-se a Londres três a quatro vezes por ano para ver a família – filhos e netos.
“Podia ter ficado paralítico. Sobrevivi graças aos médicos e aos hospitais portugueses. Parabéns a estes profissionais! Eu não vou a outro país para ser operado.
Tinha conhecimento disto ?
Ouviu a comunicação social falar no assunto ?
Eu também não. Tive a sorte de o ler numa revista, e senti vontade de lho dar a conhecer.
Façamos votos para que o Hospital de Santo António não seja, também, fechado!
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