Amigas, amigos, visitantes em geral
Encontro-me em
http://acasadamariazita.blogspot.c
om
Vá até lá, porque
Visitar http://acasadamariazita.blogspot.com/ a casa da Mariquinhas é sentir uma lufada de ar fresco.
Confirme, e deixe comentário.
Ficarei muito grata.
Mariazita
Recebido por email
CASA BRANCA
600 Pennsylvania Avenue
Washington, D.C.20016
Cara e preocupada cidadã:
Muito obrigado pelas suas recentes cartas contendo críticas ao modo como tratamos elementos do Talibã e da Al Qaeda detidos atualmente nas prisões da baía de Guantanamo.
Nossa administração trata tais assuntos com seriedade, e a sua opinião foi ouvida em alto e bom som aqui em Washington.
A senhora adorará saber que graças às preocupações de cidadãos como a senhora, nós estamos criando uma nova divisão do Programa de Reeducação de Terroristas que vai se chamar "PROGRAMA DE ACEITAÇÃO LIBERAL E ESPONTÂNEA DE RESPONSABILIDADE MORAL POR ASSASSINOS", ou seja, "terrorista adotivo".
De acordo com as premissas deste novo programa, decidimos alojar um terrorista sob seus cuidados pessoais. Seu prisioneiro pessoal foi selecionado e o seu transporte até a sua casa foi programado para ser feito sob escolta pesadamente armada, na próxima segunda feira.
Ali Mohammed Ahmed bin Mahmud (pode chamá-lo simplesmente de Ahmed) está destinado a ser tratado pela senhora no sentido de se obterem os padrões que a senhora pessoalmente tanto exigiu em suas cartas.
Provavelmente será necessário que a senhora contrate algum vigilante para assisti-lo. Faremos inspecções semanais para nos certificarmos de que os seua padrões de tratamento estão compatíveis com os que a senhora tão veementemente recomendou em suas cartas. Muito embora Ahmed seja um sociopata extremamente violento, esperamos que a sua sensibilidade ao que descreveu como seu "problema de atitude" possa superar tais falhas de carácter.
Talvez a senhora esteja certa ao descrever estes problemas como "meras diferenças culturais". Compreendemos que a senhora certamente planeja oferecer-lhe aconselhamento e escolaridade.
Seu "terrorista adotivo" é extremamente proficiente em combate corpo a corpo e pode tirar uma vida humana com coisas tão simples como um lápis, um prego ou um clipe. Aconselhamos que não lhe peça para demonstrar tais habilidades ao grupo de ioga a que a senhora pertence.
Ele também é perito em produzir uma ampla variedade de mecanismos explosivos a partir de produtos domésticos comuns, de modo que a senhora talvez deseje guardar esses ítens em local bem trancado, a menos que, em sua opinião, isto possa ofendê-lo.
Ahmed não irá querer interagir com a senhora ou com suas filhas (excepto sexualmente), uma vez que ele considera as mulheres como formas sub-humanas de propriedade.
Este é um ponto particularmente sensível para ele, e por isso ele é conhecido por seu comportamento violento em relação às mulheres que não conseguem se submeter ao seu código de vestuário, que ele recomenda como o mais apropriado a ser adotado.
Estou certo de que, com o passar do tempo, vai apreciar a anonimidade proporcionada pela "burka". Lembre-se apenas de que tudo faz parte do "respeito à sua cultura e às suas crenças religiosas" - não foi assim que a senhora colocou o problema?
Obrigado mais uma vez pelas suas cartas. Nós realmente apreciamos quando pessoas, como a senhora, nos mantêm informados sobre a melhor maneira de conduzirmos o nosso trabalho.
Dispense ao Ahmed o melhor dos seus cuidados - e lembre-se: estaremos de olho!
Boa sorte!
Cordialmente,
Seu amigo Donald Rumsfeld-
Secretário de Defesa dos E.U.A.
Dentre os inúmeros textos que existem exaltando a
Mulher, escolhi os dois que se seguem para vos presentear.
Eis o primeiro:
AS MULHERES SÃO VERDES ...
Conversando com um velho homem, um jovem desabafou:
- Há tanto tempo venho querendo conhecer uma garota e hoje, conseguindo falar-lhe por telefone, fiquei decepcionado.
- Mas por quê? Indagou o velho homem.
- Eu lhe perguntei timidamente como ela era e ela, rindo, respondeu : sou verde.
- E por que a resposta o chocou?
- Ora, amigo, ela estava debochando de mim!
Ouvindo isso, o velho homem pôs-se a falar:
- Meu jovem, você não entendeu que ela estava se comparando a uma árvore.
- Árvore? Como assim?!?
- Menino, as mulheres são como as árvores:
- Elas fincam raízes no solo dos nossos corações;
- Têm paciência e capricho com o próprio crescimento;
- Seus braços são poderosos e, ao abraçá-las, nossos espíritos recebem
renovadas energias;
- Elas amam e cuidam dos seus frutos, mesmo sabendo que um dia o mundo
os levará para longe delas;
- Outras - aquelas que não dão frutos - oferecem sua sombra àqueles
que necessitam de descanso;
- Quando açoitadas por fortes ventos da vida, elas emanam o perfume da força
e da fé, acalmando-nos, por mais assustadora que seja a noite;
- Sua seiva são as lágrimas de dor ou de alegria quando em presença do
machado ofensor ou do regador daqueles que as amam;
- Seus corações vão alto o suficiente para escutarem mais de perto os recados
do céu;
- Elas reverdecem as florestas dos homens, as ruas das cidades, as avenidas, os
acostamentos de estradas e as beiras de rios;
- Elas entendem o canto dos passarinhos e, mais do que ninguém, elas
valorizam e protegem seus ninhos;
- Suportam melhor a solidão e as vicissitudes que a Vida às vezes nos impõe;
- No mundo, elas nascem em maior número para que o verde da esperança
jamais empalideça.
- Meu menino, todas as mulheres são árvores, todas as mulheres são verdes."
Ao final desse relato, refletiu o rapaz:
- Eu tenho um triste jardim : nele está faltando uma árvores.
E correu para o telefone mais próximo.
Silvia Schimdt
As flores irradiam a glória e a beleza de Deus-Mãe, pois ela caminha sobre a Terra em cada mulher.
Mulher! Todos os grandes senhores te reverenciam no dia de hoje, pois eles nasceram do teu ventre. Mulher! Além de todos os poderes cósmicos, levas dentro de ti a semente sagrada que provê a vida. Tu és o mais belo pensamento de Deus. Teu coração é manancial de sabedoria. De teu íntimo brota a força amorosa que nutre, regenera e ressuscita.
Homem! Neste dia internacional da mulher, lembra-te que podes divinizar-te pela admiração da mulher.
Porque quem não reverencia a mulher, fecha as portas à graça e à beleza.
Mulher! Ao olhar-te no espelho, reconhece ali a Mãe Divina! Mira-te nela! Encarna com dignidade os dons femininos de amor, fidelidade, pureza, sensibilidade, compreensão, delicadeza, generosidade, doçura, abnegação, serenidade e o dom de tudo embelezar.
Mulher! Não te deixes corromper pela futilidade e mediocridade do mundo. Aumenta ainda mais tua força, apreendendo as virtudes dos homens, mas nunca os vícios. A regeneração do mundo depende de ti, pois tens o poder de moldar o caráter de um ser, desde o teu ventre e por toda a sua vida.
Podes transformar teu lar num templo da Divina Missão de Amor. Quando defendes tua dignidade, defendes a dignidade de cada ser humano .
Mulher! Rejeita qualquer pensamento ou sentimento de rivalidade, pois isto destrói a unidade das mulheres. Caminha graciosamente, olhando sempre com admiração o teu eterno companheiro, o homem.
Mulher! Neste Dia Internacional da Mulher, dedicado a ti, todos te proclamam como a Senhora da criação e da beleza e admiram a dádiva que é ser mulher!
As coisas más todos nós as sabemos. A comunicação social se encarrega de repetir, até à exaustão, tudo que de mal acontece neste país. E não só.
Acontecimentos ou factos louváveis, por norma, merecem apenas uma breve nota de roda pé, que rapidamente é esquecida.
Vejamos : Quem, de entre nós, ouviu falar no trabalho meritório que é feito nalguns hospitais deste país, nomeadamente no Hospital de S. João, no Porto ?
No campo de “Pele e tecido celular subcutâneo”, “Doenças cardíacas e vasculares”, “Doenças musculosqueléticas”…e tantas outras, operam-se ali verdadeiros milagres.
É o que pensa Amyas John Symington, inglês, de 76 anos de idade.
No dia 6 de Novembro de 2006, na sua casa, em Londres, tropeçou, caiu, e ficou cheio de dores. Transportado de ambulância à urgência dum hospital, foi observado, medicado com analgésicos, e mandado para casa. Regressou de táxi.
A situação agravou-se. Nos dois dias seguintes voltou ao hospital, com novas queixas. Foi submetido a exames de Raios X. Concluíram não haver fractura, acrescentando que podia viajar para Portugal. Ligado ao negócio dos Vinhos do Porto, com residência no nosso país, o sr.Amyas tinha necessidade de regressar, com urgência.
Aguentou a viagem para Portugal. Mas, em casa, nessa noite, não conseguiu deitar-se; teve que dormir sentado. Visto pelo médico de família foi aconselhado a ir ao Hospital, onde lhe fizeram uma TAC. Foi detectada uma fractura na coluna !
Que os médicos britânicos não tinham conseguido ver !
Encaminhado para o Hospital de S. João, no Porto, ainda mexia as pernas mas já não controlava a bexiga. Para além disto, ele tinha outras complicações de saúde que tornavam a operação extremamente perigosa. Sabia que corria um grande risco de ficar paralítico. Decidiu arriscar. A cirurgia durou três horas.
Ficou duas semanas nos Cuidados Intensivos. Só em Janeiro de 2007 pôde ter alta. Em casa recebeu ajuda de enfermeiros e fisioterapeutas que o ajudaram a recuperar. Passou por várias fases. Em Outubro já fazia caminhadas de meia hora, apoiado apenas a uma bengala.
Ligado aos Vinhos do Porto, Amyas Symington reside em Portugal, deslocando-se a Londres três a quatro vezes por ano para ver a família – filhos e netos.
“Podia ter ficado paralítico. Sobrevivi graças aos médicos e aos hospitais portugueses. Parabéns a estes profissionais! Eu não vou a outro país para ser operado.
Tinha conhecimento disto ?
Ouviu a comunicação social falar no assunto ?
Eu também não. Tive a sorte de o ler numa revista, e senti vontade de lho dar a conhecer.
Façamos votos para que o Hospital de Santo António não seja, também, fechado!
Numa altura em que tanto se fala dos professores e suas lutas, parece-me oportuno publicar este texto, recebido por email.
É um poucp longo, mas bastante interessante.
(...)
Tristeza
(...)
Por isso, fiquei muito surpreendida quando, esta manhã, acordei com uma vontade intensa de procurar o endereço do meu blog ( até me esqueço dele!) e desabafar.
Desabafar porque a tristeza que tem tomado conta de mim, nos últimos tempos, já não se contenta em ser verbalizada com alguns colegas de trabalho (poucos!) que, infelizmente, vão partilhando estes sentimentos de desalento e angústia.
Desabafar porque estou a sentir-me inútil, enxovalhada, descartável e uma peça partida de um jogo de xadrez qualquer, jogado por aprendizes dessa arte ancestral e que requer tanto inteligência como habilidade. Ou será que se tratam antes de foliões que, num pub rasca qualquer, vão atirando dardos a um alvo para passarem o tempo?
Desabafar porque, quando me perguntam qual é a minha profissão, eu já não sei se devo responder orgulhosamente "Sou professora!" ou, em vez disso, "Faço parte de uma companhia circense e, conforme o dia, vou sendo a mulher-palhaço, contorcionista, malabarista, domadora de feras...Olhem! Acumulo funções!"
Aproximam-se a passos largos os meus quarenta e três anos. Desde os seis que estou ligada ao ensino. Nunca cheguei a sair da escola. Fui aluna e depois professora. Comecei a leccionar ainda como estudante universitária e esta profissão faz parte de mim como a minha pele. No entanto, hoje sinto-me como uma cobra: com uma urgente necessidade de a mudar e arranjar uma nova.
Pela primeira vez, questiono a sabedoria da escolha que fiz relativamente à minha profissão. Escolha consciente, diga-se em abono da verdade...a culpa foi toda minha, ninguém me obrigou e pessoas avisadas bem me alertaram.
Mas, também existiam outras que pensavam de forma diferente.
Relembro nomes de antigos professores... daqueles que, por si só, já eram uma aula e não precisavam de recorrer a metodologias e estratégias inovadoras (já agora...se alguém souber de alguma que ainda não tenha sido tentada, não seja egoísta e partilhe-a comigo...eu já não consigo inventar mais!).
Recordo como esses professores me incentivaram a seguir esta carreira-"Foste feita para ensinar, miúda! Vai em frente!"- e como um deles, quando o encontrei já bem velhote, comentou com um sorriso "Eu bem sabia! Sempre lá esteve o bichinho!"
Que diriam, todos os meus professores que já partiram, sobre tanto decreto regulamentar que, em vagas sucessivas, vai transformando a nossa Escola e os seus professores num circo de muito má qualidade, cheio de artistas saturados, humilhados, mal pagos e fartos de trabalharem num trapézio sem rede?
Sou regulada por um Ministério que espera que eu seja animadora cultural, psicóloga, socióloga, burocrata, legisladora, boa samaritana, mãe substituta...
Espera-se que tenha doses industriais de paciência e boa vontade, que me permitam aguentar a falta de educação de meninos mal formados, de meninos dos papás, de meninos que estão na escola apenas porque não têm ainda idade para trabalhar (porque bom corpo isso têm!), de meninos que estão na escola a enganar os pais, que até se deixam enganar por conveniência, de meninos que frequentam os Cursos de Educação e Formação e os Profissionais porque acham que é uma forma de fazer turismo com os livros debaixo do braço (desculpem, enganei-me...vou rectificar- "sem os livros debaixo do braço"), de meninos que vêm para a escola para não deixarem que outros meninos, estes últimos sim, com aspirações e provas dadas, possam seguir em frente até serem os homens que os primeiros nem sequer conseguem projectar mentalmente...
Além disso, tenho reuniões: de departamento, de conselho de turma, de equipa pedagógica, de Assembleia de Escola (pois foi...também caí na patetice de aceitar presidir a este órgão...mais uma vez a culpa foi minha, pois pessoas avisadas bem me alertaram!), de grupos ad-hoc, de reuniões para decidir quando faremos mais reuniões...
Tenho legislação para ler. Labirintos de artigos em que o próprio Minotauro marraria vez após vez num ataque de fúria! Um dédalo legislativo, no qual nem Teseu conseguiria encontrar a ponta do fio.
Há papelada para preencher. Pautas dos profissionais, grelhas de observação para cada um dos alunos, registos das actividades de remediação...
Não esquecer a reposição de aulas. As dos alunos que faltam por doença, por namoro, por jogo dos matraquilhos...desde que a justificação do Encarregado de Educação seja aceite, lá tenho eu de arranjar actividades de remediação para quem não quer ser remediado!
Proibi a mim própria adoecer, visto que também tenho de repor essas aulas, mais as das greves, as das visitas de estudo dos alunos nas quais a minha disciplina não partici pa ( mesmo estando eu a cumprir o meu horário na escola...não faz mal, depois ofereço um bloco ou dois de noventa minutos gratuitamente!), as das minhas ausências em serviço oficial...
A questão é saber quando e como vou repor essas aulas, dado que o meu horário e o dos alunos é incompatível durante os períodos lectivos! Claro que isso não faz mal: dou dias das minhas férias! Afinal, não consta por aí que os professores estão sempre a descansar?
Tenho aulas para preparar. Testes e trabalhos para corrigir.
Devo investir na minha formação. Quando? Como? Onde?
E isto é a ponta de um rolo de lã que, bem aproveitadinho, dava uma camisola e pêras! Ou então uma camisa de onze varas!
Fazendo o ponto da situação, sobra-me pouco tempo para aquilo que gosto realmente: ensinar.
Pouco tempo para aquilo que me dá prazer: fazer circular o conhecimento.
Pouco tempo para conseguir que esse conhecimento ocupe o espaço que, na maioria dos casos, é ocupado por uma crassa ignorância.
Agora, dizem-me que vou ser avaliada ( tudo bem, não tenho nada contra o ser avaliada...talvez assim, com as novas emoções, eu descongele, pois há tanto tem po que estou no frigorífico laboral!), mas parece-me que vou voltar a uma espécie de estágio ainda pior do que aquele que enfrentei há dezassete anos atrás.
Tenho receio que as escolas se transformem num circo ainda maior.
Um circo de palhaços ricos e palhaços pobres.
Um circo de compadrios e vingançazinhas pessoais.
Um circo em que uma meia dúzia de artistas vai andar vestido de lantejoulas e seguido de cãezinhos amestrados, uma outra meia dúzia vai tornar-se perita na arte do contorcionismo, para evitar obstáculos, e a grande maioria da companhia vai ter de engolir fogo para o resto da vida profissional.
Ah! Não posso esquecer que, se tudo correr de feição a este Ministério da Deseducação, até o senhor Zé da padaria vai poder presidir a um órgão de gestão das escolas.
Esta não é a profissão para a qual eu me preparei anos a fio.
Por isso, estou triste.
Estou triste.
E não escrevi sobre tudo a que tinha direito.
E esta tristeza, para que eu a consiga despejar convenientemente, tem de ser escrita, gravada com letras...não me chega falar dela.
Até porque, ultimamente, também já não me apetece falar.
O EQUÍVOCO
Jovem, casada há pouco menos de um ano, surge a notícia. O marido vai embarcar dentro de um mês !
Embora já esperada, nem por isso a má nova causa menos dano.
E surgem as lágrimas, das saudades que estão para vir. Com uma gravidez de sete meses, a sensibilidade à flor da pele, sinto-me desesperar. Os dias passam a correr.
E, de repente, chega a hora da separação.
Aguento firme. Interiormente, consolo-me com a ideia de que, em breve, farei o mesmo percurso.
Ignoro todos os conselhos de familiares e até do médico.
- Quem, em seu perfeito juízo, arrisca fazer uma viagem destas, num tão adiantado estado de gravidez ???
- Quem se lembra de ir para uma terra estranha, longe de todos os parentes, onde não há as mínimas condições para dar à luz uma criança?
Obstinada, respondo – eu vou !
E pensava – quero que o meu filho nasça junto do pai.
E fui.
À chegada tudo é estranho. Uma cidade não muito grande, cheia de refugiados do país vizinho, que recentemente declarara a independência; gente diferente da que estava habituada a ver…
Tudo é ultrapassado. A alegria de me reunir ao marido sobrepõe-se a todas as dificuldades iniciais, incluindo a do alojamento.
Começamos pelo apart-hotel, dispendioso, mas a única solução.
Decorrido um mês, instalados num apartamento de um prédio ainda não totalmente construído, com os apetrechos indispensáveis - e possíveis – estamos preparados para viver os próximos dois anos.
A gravidez chegara ao seu termo. O bebé começa a dar sinais de que é chegada a hora de aparecer. Contudo, a espera vai ser longa.
Depois de uma noite sem poder descansar, logo pela manhã é chamada a parteira, que declara, peremptória – temos muitas horas pela frente !
Informado do que se passava, o médico, pessoa maravilhosa e amiga, apareceu. Depois de dizer - “ minha filha, o primeiro filho é sempre demorado; está tudo bem, mas vai ter que esperar com calma” – avisou a parteira e uma amiga presente de que gostaria de assistir ao parto.
Entre gemidos e lamentos, passou-se o dia e mais uma longa noite.
Logo pela manhã as coisas precipitaram-se, e o bebé apressou-se a ver a luz do dia.
A parteira atarefada, a amiga dando apoio, a jovem mãe esforçando-se, já sem forças, a criança aparece. Linda ! Um menino !
Um grande abraço da amiga, que chora de alegria!
É então que a parteira se lembra do médico, e do pedido que ele tinha feito para o chamarem quando chegasse a hora. Pede à amiga que vá à sala avisar o marido, que espera em ânsias, para chamar o médico.
Este, ignorando a recomendação que o médico havia feito, e vendo a amiga aparecer lavada em lágrimas, que eram de pura emoção, apanhou um tremendo susto. A custo balbuciou:
– Há algum problema ?
- Não, está tudo bem, já cá tem um menino. Mas vá depressa chamar o médico, por favor.
Só ouviu – chamar o médico. À velocidade que lhe permitia o coração disparado pela ansiedade, corre em direcção ao hospital. Regressa com o médico, que pelo caminho lhe conta o pedido que fizera à parteira.
Em casa, depois de ter visto o seu filho – o mais bonito do mundo ! – e desfeitas todas as dúvidas, pôde, finalmente, sossegar.
Desabou, literalmente, sobre uma cadeira, e deixou que as lágrimas de alegria lhe corressem livremente pelo rosto.
Por muito que goste do que escreve
Em minha opinião, uma mente sã não atinge a velhice- o ocaso da vida- antes dos 90 anos.
O meu pai faleceu com 91 anos, e eu nunca o vi velho. Uma pessoa que se interessa por tudo o que a rodeia, segue atentamente o evoluir da ciência e da tecnologia, lê jornais e ouve com toda a atenção os noticiários para se manter a par do que vai pelo seu país e pelo mundo…não é velha!
Ocorre, sim, desgaste físico. O nosso corpo é uma máquina, e, como tal, sujeita a deterioração.
Há, no entanto, quem pretenda retardá-la.
Li há tempos, numa revista, que uma jovem de 33 anos, Iolanda, já se submeteu a 16 cirurgias plásticas. Em oito anos gastou perto de 22 mil euros - a notícia reporta-se a Agosto ou Setembro de 2007 - , e diz que é para continuar. Estava nos seus planos fazer uma correcção ao nariz em Dezembro, porque “ainda não está no ponto”! Isto, apesar de “fazer virar as cabeças na rua”, como ela própria comenta.
A ter-se concretizado, eleva-se para 17 o número de cirurgias.
Para poder atingir o que ela considera a perfeição “coíbe-se de ter férias, aperta o cinto, anda num carro a cair aos bocados” - tudo isto com o apoio do marido e demais familiares.
Não me compete criticá-la, nem vou fazê-lo. É uma opção de vida. Por certo é assim que se sente bem. E cada um de nós tem o dever, para além do direito, de ser feliz. Que cada um o seja à sua maneira, desde que respeite o próximo.
Mas uma coisa não posso deixar de dizer:
Iolanda está a apostar forte (alguns milhares de euros) num equipamento de validade muito curta. Dentro de alguns anos estará bastante desvalorizado.
A verdadeira elegância, é genética. Ou se nasce com ela, ou não.
Estou a lembrar-me de Sofia Loren, uma mulher que sempre teve uma postura e elegância notáveis. Hoje, com mais de setenta anos, continua a apresentar-se como sempre: alta, imponente, sensual. E magra.
Há uns anos, entrevistada na televisão, tendo lhe sido perguntado qual o segredo para manter-se sempre jovem, respondeu, com humor:
1- Manter uma boa postura
2- Não fazer ruídos de velha:
- Nada de queixas
- Não grunhir
- Não tossir
- Não bufar
- Não falar sozinha
- Não soltar gases
Considero muito importante cuidar do corpo, quer fazendo ginástica / exercício, quer procurando ter uma alimentação correcta.
Não se trata apenas da questão do aspecto físico, mas também, e primeiro que tudo, de uma questão de saúde.
Iolanda, ao que parece, apenas se preocupa com o aspecto físico. Imagino os problemas de saúde que poderá vir a ter com o passar dos anos. Contrariar a natureza é um risco que se corre, que nem sempre dá bons frutos.
Michael Jackson, que se sujeitou a tantas cirurgias plásticas, parece estar já a sofrer as consequências.
O que se pretende, na maioria das vezes, é evitar o envelhecimento, que é inevitável, conservando a beleza, que é efémera
“Eles” não sabem o que é a verdadeira beleza.
Uma próspera empresa de produtos de beleza pediu aos habitantes de uma grande cidade que enviassem fotografias, acompanhada de breve carta explicativa, das mulheres mais belas que eles conheciam.
Em poucas semanas milhares de cartas foram enviadas à empresa.
Uma carta, em particular, chamou a atenção dos funcionários, e foi levada ao presidente da empresa.
A carta era escrita por um menino que fora criado num lar com problemas, em algum bairro de extrema pobreza.
" Na minha rua mora uma mulher bonita. Eu vou a casa dela todos os dias. Ela faz-me sentir o menino mais importante do mundo. Jogamos às damas e ela ouve os meus problemas. Ela entende-me, e quando vou embora, diz sempre, bem alto, que sente orgulho de mim."
O menino terminava a carta dizendo:
"Esta fotografia mostra que ela é a mulher mais bonita do mundo. Espero ter uma esposa tão bonita como ela."
Intrigado com a carta, o presidente pediu para ver a fotografia da mulher.
A secretária entregou-lhe a foto de uma mulher sorridente, sem nenhum dente na boca, de idade avançada, sentada em uma cadeira de rodas.
O cabelo grisalho, ralo, estava preso num rolo, na nuca, e as rugas que marcavam o seu rosto, eram suavizadas pelo briho que vinha dos seus olhos.
- Não podemos usar a fotografia dessa mulher - explicou o presidente, sorrindo.
- Ela mostraria ao mundo que nossos produtos não são necessários para uma mulher ser bela.
Desconheço a autoria.
Mas conheço a autora do belíssimo poema “Irreparável”.
É Silvana Duboc, e o poema termina assim:
Ficaram as rugas no rosto e na alma, mas também ficaram sorrisos em ambos.
Minhas rugas mais bonitas
são aquelas marcas de expressão
que eu adquiri por tanto sorrir,
muitas vezes, quando o coração chorava.
Seja feliz com ou sem rugas, mas seja feliz. Sempre.
. SOBRE "DIREITOS HUMANOS" ...
. DIA INTERNACIONAL DA MULH...
. ...
. ...
. DESABAFO